Durante muito tempo parece que tentei fechar as mãos, para de que de alguma maneira, numa esperança vã, tentar guardar-te cá dentro, mas tu fugias-me por entre os dedos. Bem devagar, sem eu dar conta. Mas foi uma fuga dolorosa, custou. E não foi o processo que custou, foi o final. O final de te ver partir.
Porque durante todo o processo eu não percebi que isso estava a acontecer, que a minha vida sem ti estava logo na esquina à espreita. Não teria sido possível tudo o que fiz e não fiz se tivesse tido essa consciência.
Nunca pus em palavras tudo isto, mas há alturas - e isto eu não sei bem explicar - que damos conta que precisamos de avançar.
Tentei em vão que ficasses comigo mesmo quando já cá não estavas fisicamente. E agora, mais do que nunca, preciso de fechar este ciclo. Preciso de pôr um ponto final nisto. Não um ponto final em ti, mas na situação. Preciso de ficar em paz com tudo isto, não me sentir culpada por nada. Passar realmente a ser definitivo. E ao fazê-lo contigo terei que fazer em simultâneo com outra pessoa. Força a dobrar.
Já perdi coisas que nunca deixarei de sentir faltar delas e tu, sem dúvida, serás sempre uma delas.
No fim de cada ciclo, há sempre um que recomeça.
ResponderEliminarGostei deste teu espaço, vou voltar mais vezes...
Beijo, Polly
Mas eu não queria ter que o ciclo chegasse ao fim. E é isso que custa mais.
ResponderEliminarObrigada :)
Esta lindo :$
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