29 de abril de 2009

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Eu a olhar para a vida e a vida a olhar para mim. A vida sentada na cadeira de balouço com uns olhos transparentes e que me fixa como se fosse uma espada, não uma carícia mas uma espada que dói dentro do coração.
E eu a olhar para a vida e a pensar: O que estou a fazer de errado? Porque nunca consigo ser igual aos outros, sejam eles quem forem, mas simplesmente igual sem desassossegos de alma e noites em branco?
Que queres tu de mim? Para onde me levas ou porque não me levas para lado nenhum e me deixas para aqui perdida como uma idiota, à deriva, à mercê de tudo e todos e principalmente de mim?
Mas a vida já não me olha. Virou os olhos que são transparentes que apenas reflectiam a minha imagem e nada mais e agora deixou-se ficar, também ela queda a olhar lá para fora, para a ondulação das arvores.
Depois volta a cabeça na minha direcção e abana-a com uma ar de comiseração, de pena, desistência.
Levanta-se e parte.
E eu para aqui fico, com os braços vazios e as mãos cheias de inutilidades que vou apanhando aqui e acolá, talvez eu consiga fugir se me esconder, mas onde?
Ah! Tanta gente feliz que por ai anda sem o saber! Tanta gente que acorda e se levanta da cama e respira, só isso, sem este buraco dentro do corpo!
Para onde foste vida que eu não te consigo seguir?


Luísa Castelo Branco

26 de abril de 2009

Eu vou continuar a luta


Durante a tarde de ontem, encontrei-me na Avenida da Liberdade, assim como muitas outras pessoas, para comemorar o Dia da Liberdade. No caminho para lá, ia a pensar "Será que os jovens de hoje em dia sabem o que aconteceu neste dia?"

Lembro-me do ano passado fazerem algumas entrevistas por Lisboa a jovens da minha idade e muitos deles não faziam ideia do que tinha acontecido, não faziam qualquer ideia que a liberdade não existia.

Bem, este ano, a Avenida estava cheia de jovens! Jovens que estavam simplesmente a ver e jovens que pertenciam mesmo à marcha e que defendiam os seus direitos. Foi muito bom de ser ver! Melhor ainda foi ver uma jovem grávida que tinha pintado na sua grande barriga: "Eu vou continuar a luta".

Este ano soube "despedidos de preconceitos" encontravam-se pessoas de todo o tipo, de todas as raças e de todas as crenças. Sim, a liberdade é de todos e para todos!

Porque tal como disse Sousa Tavares " Só os ignorantes é que acham a liberdade fácil de gerir".

25 de abril de 2009

Pedaços Escritos


É justo que me apresente. Meu nome é Joana. Mais uma no meio de tantas.

Confesso que me agrada todo o processo criativo que um blog implica: experimentar letras, cores, imagens, disposições de textos, enfim, uma imensa gama de tarefas a realizar antes de se iniciar um blog. (Apesar de nem toda a gente assim o achar.)

A razão por começar um blog eu ainda não sei bem, mas é uma necessidade, uma necessidade de pertencer a um mundo paralelo.

O conteúdo deste blog, ficará ao meu critério e a minha disposição.

Pedaços Escritos é o local onde escrevo todos os pedaços... ou quase todos.