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5 de março de 2011

Um desabafo


Durante muito tempo parece que tentei fechar as mãos, para de que de alguma maneira, numa esperança vã, tentar guardar-te cá dentro, mas tu fugias-me por entre os dedos. Bem devagar, sem eu dar conta. Mas foi uma fuga dolorosa, custou. E não foi o processo que custou, foi o final. O final de te ver partir.

Porque durante todo o processo eu não percebi que isso estava a acontecer, que a minha vida sem ti estava logo na esquina à espreita. Não teria sido possível tudo o que fiz e não fiz se tivesse tido essa consciência.  

Nunca pus em palavras tudo isto, mas há alturas - e isto eu não sei bem explicar - que damos conta que precisamos de avançar.

Tentei em vão que ficasses comigo mesmo quando já cá não estavas fisicamente. E agora, mais do que nunca, preciso de fechar este ciclo. Preciso de pôr um ponto final nisto. Não um ponto final em ti, mas na situação. Preciso de ficar em paz com tudo isto, não me sentir culpada por nada. Passar realmente a ser definitivo. E ao fazê-lo contigo terei que fazer em simultâneo com outra pessoa. Força a dobrar.


Já perdi coisas que nunca deixarei de sentir faltar delas e tu, sem dúvida, serás sempre uma delas.

13 de fevereiro de 2011

É tudo muito complicado


É complicado eu querer sair de uma situação que me coloquei propositadamente e agora não saber como dar a volta à situação (apesar de todas as vozes que me indicam o contrário).
É ainda mais complicado eu querer arrumar uma outra situação mas não saber como o fazer, ou melhor saber até sei mas não ter forças suficientes para tal.

E vou me deixando ficar em banho-maria até sabe-se lá quando. Porque o pior de eu achar que é complicado é eu não pensar numa solução e ficar a achar que a complicação não tem saída possível.

28 de janeiro de 2011

Tudo tem um fim

Isto termina hoje, ou melhor, termina sábado às 16h30 no aeroporto de Praga.


E por enquanto não há mais nada a dizer.

19 de dezembro de 2010

Há pessoas e pessoas


Espero sempre demais das pessoas. Acredito sempre no bom coração das pessoas, mesmo quando elas me mostram que não o têm.
Penso sempre no melhor das pessoas, penso sempre que as pessoas oferecem o melhor que têm, que querem o melhor dos que as rodeiam, quando na verdade há pessoas que não querem saber de nós e que não querem nada de bom aos outros.

Considerar pessoas assim como amigas é uma atitude mal pensada, pois já se sabe o que vai acontecer. O problema é que não temos forma de descobrir se aquela pessoa que nós achamos ser uma das "boas" afinal é uma das "más". Temos que ir tentando.

A distância física significa a distância emocional? Não me parece. E esperar um "olá como vais?" ou um "tudo bem por aí?" só ficava era bem e por muito que me esforce para tentar perceber os motivos não me ocorre um único. E por isso fiquei à espera, e esperei que na realidade aquilo que eu estivesse a descobrir não fosse a verdade.

Há pessoas que desiludem. Sempre houve e sempre haverá. Só temos é que avançar e não ficar presos numa recordação em que outrora era tudo mais bonito e que tudo corria pelo melhor.
Pensar que as pessoas vão perceber o que estão a perder e talvez se arrependam nunca vai acontecer.


Cansei-me.

2 de dezembro de 2010

As tais camadas


Acho que não há mal nenhum em ter camadas, o mal é não as limpar de tempos a tempos.

Isto é, se nalgum dado momento não pensarmos na existência dessas camadas elas vão continuar ali inutilmente e sempre que pensarmos nelas, ou sempre que alguma situação a fizer que ela continua ali, vai doer.

E quando dermos por isso, a camada já se tornou em algo muito maior, que damos demasiada importância e que podia ser removida facilmente.

Só me falta encontrar a forma de remover certas camadas, que estão mais na hora de saírem. Já faltou mais.

30 de agosto de 2010

Uma longa viagem...


Esta minha viagem que se inicia já no próximo dia 2 de Setembro de 2010, irá com certeza marcar-me para toda a vida.

É uma viagem que não foi planeada com muitos anos de antecedência, nem tão pouco a viagem da minha vida, mas é sem dúvida uma viagem com a qual eu espero crescer.

E aqui sim será uma longa viagem, no que diz respeito ao meu crescimento pessoal e enriquecimento profissional. Tenho imensas expectativas com esta viagem e começo a criar sonhos e esperanças e a idealizar um certo tipo de vida.

A maioria das pessoas diz que só temos uma vida e que devemos aproveita-la ao máximo, eu não concordo na totalidade com esta frase. Quando somos pequenos temos um certo tipo de vida, a medida que vamos crescendo a nossa vida vai mudando e isso não será uma 2.ª, uma 3.ª vida que temos pela frente?

O que é certo é que temos que aproveitar todos os pedaços que a vida se encarrega de por no nosso caminho e neste momento a minha vida vai (voltar) mudar. Tenho perante mim um novo desafio e sei que o quero aproveitar ao máximo e da melhor maneira possível, mas e sobretudo não me quero desiludir a mim mesma com esta viagem.

Para alguns fazer uma viagem destas pode não ser nada de especial, mas para mim tem tudo de especial. E estou certa de que será uma longa viagem em diversos sentidos.



25 de julho de 2010

Dilema


Dou comigo a pensar que às vezes quero ter o impossível. Quero ter tudo aquilo a que não tenho acesso, quero o que "a" "b" ou "c" têm. Sei que pode parecer um tanto ou quanto infantil, mas não é uma coisa que eu possa evitar.

Mas depois paro e penso que já tenho imensa coisa que muita gente gostaria de ter e não tem, que já é um luxo eu ter aquilo que tenho.

Mas depois uma questão me assombra: "mas e será errado querer ainda mais?". Bem, esta interrogação faz lembrar os vilões dos filmes que querem tudo e por isso mesmo acabam por ser os "maus da fita", mas eu não vejo a questão desse modo.

Só sonhando é que se vive, mas viver assim constantemente a querer aquilo que não tenho, não é vida para ninguém.

Preciso de me contentar, só que não sei como.

25 de junho de 2010

A verdade é que


As tuas palavras conseguem magoar-me tanto.

Gostava de acreditar que não o fazes por mal, que apenas o dizes da boca para fora, para me fazer pensar.
Mas a verdade é que independentemente de tudo isso, no final magoa-me ouvir aquilo que tu tão imprudentemente me dizes.

E são essas mesmas palavras que me vão moldando enquanto ser humano que sou. São exactamente essas palavras que me ficam na cabeça, que me marcam. E que eu não as posso esquecer, quer passe 10 minutos, 10 dias, 10 meses. Ficam cá dentro, naquelas caixas que não é suposto abrir mais.

13 de junho de 2010

Liberdade



Segundo o dicionário Priberam:
(latim libertas, -atis)
s. f.
1. Direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem.
2. Condição do homem ou da nação que goza de liberdade.
3. Conjunto das ideias liberais ou dos direitos garantidos ao cidadão.
4. Fig. Ousadia.
5. Franqueza.
6. Licença.
7. Desassombro.
   8. Demasiada familiaridade


Nenhum homem que não controla a própria vida pode ser considerado livre. (Pitágoras)



Porque não posso eu ter a minha própria liberdade?

3 de junho de 2010

Escolhas


A vida humana é feita de escolhas. Todos nós temos que as fazer. Uns têm mais escolhas a fazer, outros nem por isso e ainda há aqueles que têm quem decida por eles.

Nunca ninguém disse que fazer uma escolha era fácil, mas tem que ser tomada uma decisão.

Viver ou morrer. No fundo é essa a escolha importante que todos nós fazemos, todos os dias da nossa vida.

O problema é que nem sempre está nas nossas mãos. Por muito que queiramos que esteja, por vezes pode não estar. E não há nada que se faça para impedir essa escolha de acontecer.

15 de maio de 2010

Arrependimento


E se eu tivesse feito muito mais? E se eu tivesse feito tudo de maneira diferente?

E se eu ...

22 de abril de 2010

Lição de vida




Todos sabemos que muitas vezes aprendemos determinadas coisas da maneira mais complicada possível. Temos que bater com a cabeça na parede uma quantidade de vezes, errar outras tantas e cair mais algumas vezes para entender arranjar uma forma de não nos magoarmos mais.

Claro que isto nem sempre é fácil, por vezes não conseguimos aprender nada e voltamos a cometer o mesmo erro, mas vai haver um dia em que aquilo que fomos fazendo e aprendemos nos vai valer de muito.

Ora digo isto porque desta vez o tiro passou-me de raspão e não me atingiu, apenas fiquei a ver os estilhaços provocadas por ele. Se por um lado dá vontade de tentar combater o atirador por outro aqueles que ficaram feridos aprenderam uma lição, uma lição preciosa e que devem guardar para a vida.

Dar-nos demais ao outro por vezes tem destas coisas. Porque nem sempre o outro é quem nós pensamos/queremos que seja e então nessas situações quando já nos entregámos demais saímos da situação feridos. Feridos por dentro e por fora.

Agora o que interessa é seguir em frente e seguir de consciência limpa. Não há nada pior do que errar e não admitir o erro, de dar o passo em frente. Mas quando se está perante uma encruzilhada já tão grande, há que seguir um novo caminho.

O mais importante é não esquecer essas lições de vida.

3 de março de 2010

Silêncio



*Se não entendes o meu silêncio, como vais entender as minhas palavras?*


O silêncio não existe por existir. Tem o seu significado.

Há aquele silêncio que quando surge deixa todos desconfortáveis e esse silêncio não é bom.
Também há aquele silêncio que sabe bem, que surge acompanhado de um abraço, de um olhar ou de um sorriso. Este silêncio é bom, sabe bem.

Mas o silêncio que me refiro é aquele que eu esperava que compreendessem, mas que raramente o compreendem. É  o silêncio que não faz sentido para vocês mas que faz todo o sentido para mim.
E eu não posso explicar o meu silêncio. Porque explicar o meu silêncio é dar lugar às confusas palavras.

6 de fevereiro de 2010

Sentimentos


Não sou dada a sentimentos, não é que possa dizer que nunca fui, mas desde que me enentendo por gente que sempre foi uma tarefa complicada para mim.

Delimitar sentimentos já e difícil por si só, transpô-los para actos e palavras ainda mais. Não por vergonha de os assumir, mas sim por falta de conhecimento de como lidar com eles. Explicar o que sinto nesta ou naquela situação, não faz qualquer sentido para mim, porque além de não o conseguir fazer, é algo que eu vejo como desnecessário. Por vezes as palavras só causam mais problemas do que aqueles que já existem.

Não sou de me preocupar com aquilo que as pessoas pensam ou acham de mim, mas eu sou difícil de compreender, eu própria (por vezes) não me entendo a mim mesma.

Talvez tudo isto tenha uma explicação genética ou biolócia ou histórica ou pessoal ou familiar ou pura e simplesmente não haja qualquer explicação.

Agora, não me podem pedir algo que eu não posso dar.

9 de janeiro de 2010

Autobiografia


Metade de mim é fada,
a outra metade é bruxa.
Uma escreve com sol,
a outra escreve com a lua.
Uma anda pelas ruas
cantarolando baixinho,
a outra caminha de noite
dando de comer à sua sombra.
Uma é séria, a outra sorri;
uma voa, a outra é pesada.
Uma sonha dormindo,
a outra sonha acordada.

Roseana Murray in Pêra, Uva ou Maçã, 2005

22 de dezembro de 2009

Um dia


Um dia vou falar de tudo aquilo que me atormenta.
Um dia vou ser a má da fita e vou gostar disso.
Um dia vou escrever com todo o sentido.
Um dia vou lidar com o que sinto.

Um dia vou ser feliz plenamente.

Um dia que não hoje.

12 de dezembro de 2009

Diz que tenho "coração de pedra"


Por vezes parece que tenho uma pedra no lugar do coração, segundo alguns. Esta expressão aplica-se às pessoas que não têm sentimentos, que não dão importância às coisas que se passam à sua volta e não dão valor às coisas importantes.

Mas será mesmo verdade que isso se aplica a mim?

É verdade que não demonstro os meus sentimentos como muitas pessoas o fazem, sim é verdade que guardo muita coisa para mim, mas isso faz com que eu tenha “um coração de pedra”?

Por diversas circunstâncias da vida, que agora não vem ao acaso aprendi a não criar ilusões, a não ter expectativas muito altas, mas isso faz com que eu tenha “um coração de pedra”?

A vida fez-me ser aquilo que sou. Aprendi a fazer com que certas coisas me passassem ao lado; aprendi a esconder certos sentimentos (talvez até de mim); aprendi a seleccionar aquilo que me faz mal e a deitar fora aquilo que me faz mal.

Se tudo isto fosse verdade, se realmente eu tivesse uma pedra no lugar do meu coração, já tinha magoado muitas pessoas, essas que (sem querer, quero acreditar eu) me magoam. Aconteça o que acontecer, a vida já me mostrou e deu lições sobre variadíssimos assuntos, e o meu espírito e o meu corpo reagem da melhor maneira possível.

É por não ter uma pedra no lugar do coração que me preocupo com tudo isto.
Mas vocês não sabem de nada disto…